terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Alvorecer


Alvorecer

Sob o acalentar dos celestes
Sentado sobre o veludo da relva
Na encosta da mais alta montanha
Açoitada pela brisa distante
Formada de antigas eras
De ecos passados
Trazendo dos vales o odor da vida
A face distante dos seres
Meras ilusões dentro dos limites da realidade
Distorções de um tecido
Que há muito deixou-se de fiar
Onde as linhas se entrelaçam no painel
Dos viveres brumosos
Caindo dos céus a neblina dos mundos
Fundindo o que é real do irreal
Trazendo o sorriso das estrelas
O olhas das montanhas
O corpo dos sonhos
Que se aproxima guiado pelo pulsar em mim
Suavemente repousa seu corpo sobre o meu
Embalado pelo cantar da brisa
Toca meus  lábios com o doce acalento
O olhar da dor pousado nos meus
Ao trazer o puro transmutar
Toco-lhe a face na esperança de sentir o marfim
Mas toco apenas a ilusão de um viver
Na linha do firmamento nasce o alvorecer
Sob as cortinas do irreal

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