terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Atriz de Caçadora de Relíquias


Tia Carrere a musa da História
 


Assim como em uma postagem anterior falamos sobre Lucy Lawless que dá vida a uma personagem que me marcou, que nos ensina o valor da mulher, da garra, agora falaremos de outra grande mulher que trabalha com algo que eu amo, história, falaremos de Tia Carrere, atriz que dá vida a personagem Sidney Fox da série Caçadora de Relíquias.
Está serie, no original Relic Hunter, lançada em 1999, ficando no ar até 2002, trata da vida de uma arqueóloga, na verdade uma caçadora de relíquias, ela busca relíquias históricas perdidas pelo mundo. Abusando da sensualidade, do heroísmo e da inteligência esta mulher pode-se comparar a Xena, claro na vida mais comum do século XX e XXI. Vê-la caçando objetos perdidos, tais como o colar de Cleópatra, a estátua de Athena e muitos outros artefatos, nos inspira e comove, essa busca por nosso passado, nossa história.
Tia Carrere é o nome artístico de Althea Era Duhinio Janairo, nasceu em Honolulu, Havaí, em 2 de janeiro de 1967.  Tia é uma artista múltipla, se enveredou pelo campo da atuação, como modelo, como dubladora e também como cantora.
Ela é a irmã mais velha de três irmãs e duas meias irmãs. Começou a atuar aos dezessete anos, contratada por uma produtora local, encontrada ao fazer compras em uma loja de Waikiki, enquanto ainda estudava na escola Sacred Hearts Academy, dessa forma iniciou sua carreira como atriz estrelando o principal papel feminino do filme indie  Aloha Summer (1988). Deixando de lado sua principal paixão o canto (sua avó Rae levou Tia a sua primeira aula de canto aos 10 anos).
Sidney Fox e Nigel
Logo sua ascensão como atriz se iniciou, atuou na série General Hospital, MacGyver, Quantum Leab e também pequenas participações em outros filmes como Sexta Feira treza, dentre outros.
Ganhou muito destaque quando atuou em Wayne’s World (Quanto mais idiota melhor) 1 e 2, onde executou todas as canções sem ser dublada.
O ápice de sua carreira foi em 1994 quando atuou com Juno Skinner, no filme True Lies, ao lado de Arnold Schwarzenegger, onde fazia o papel de uma vilã. Depois disso atou em muitos filmes menores e em 1999 deu vida a Sidney Fox, a querida caçadora de relíquias. A série é uma co-produção entre Estados Unidos, Canadá e França estrelada por Tia e Christien Anholt, como Nigel.
Recentemente voltou a suas origens havaianas e dublou a personagem Nani nos filmes Lilo & Stitch, assim como lançou o CD Hawaiiana que recebeu uma indicação ao Grammy.
Agora algumas curiosidades sobre Tia Carrere:
    Ela usa o nome Tia porque sua irmã mais nova não podia dizer Althea, mas sim Tia;
    Ela tem um estúdio de gravação em casa;
    Foi destaque da revista playboy na edição de janeiro de 2003;
    Foi considerada uma das 50 Pessoas mais Bonitas do Mundo, pela revista People, em 1992;




Esse foi um pequeno resumo da vida dessa atriz que deu vida a uma personagem tão marcante e determinada. Seguindo com esse tema de atrizes que dão vidas a personagem que me marcaram, e tenho certeza que marcaram muitos também, logo falarei de outra atriz que deu vida a uma personagem muito importante para mim e que sem ela com certeza eu não escreveria, ao menos não como escrevo hoje.
Então um grande abraço a todos e até a próxima.
Pallas

 Esta é uma das músicas delas, ela canta muito bem

Aqui estão os sites em que pesquisei, caso queira saber mais:




Alvorecer


Alvorecer

Sob o acalentar dos celestes
Sentado sobre o veludo da relva
Na encosta da mais alta montanha
Açoitada pela brisa distante
Formada de antigas eras
De ecos passados
Trazendo dos vales o odor da vida
A face distante dos seres
Meras ilusões dentro dos limites da realidade
Distorções de um tecido
Que há muito deixou-se de fiar
Onde as linhas se entrelaçam no painel
Dos viveres brumosos
Caindo dos céus a neblina dos mundos
Fundindo o que é real do irreal
Trazendo o sorriso das estrelas
O olhas das montanhas
O corpo dos sonhos
Que se aproxima guiado pelo pulsar em mim
Suavemente repousa seu corpo sobre o meu
Embalado pelo cantar da brisa
Toca meus  lábios com o doce acalento
O olhar da dor pousado nos meus
Ao trazer o puro transmutar
Toco-lhe a face na esperança de sentir o marfim
Mas toco apenas a ilusão de um viver
Na linha do firmamento nasce o alvorecer
Sob as cortinas do irreal

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Perdido em mim, Capítulo I

Este é o primeiro capítulo do conto Perdido em Mim, conforme os outros capítulos forem sendo escritos serem postados aqui os links para eles: Capítulo II, Capítulo III, Capítulo IV

A Ponte
 
Hoje está uma noite fria, início do inverno, ainda posso ver as últimas folhas do outono caírem, dançam em uma brisa gelada. Brisa que traz a neve. E não estou enganado. Logo os flocos começam a cair.
Uma noite tão estranha, não sei ao certo para onde vou. Já faz um tempo que estou perambulando por avenidas vazias, escuras, às vezes vejo um casal ou, espaçadamente, alguém voltando para casa. Ao contrário de mim todos parecem ter um destino, voltam para casa, para sua família, seu lar. Alguns marcam encontros, outros simplesmente encontram.
Aí me pergunto, e eu? Caminho sozinho, pensado em todas as noites, momentos, em que me via no escuro, mesmo com todas as luzes acessas, e não sabia de onde a escuridão surgia. Às vezes era como se sombras me perseguissem e por mais que tentasse me livrar delas, mais elas se aproximavam, uma espécie de perseguição sem fim.
Freqüentei muitos ambientes todos tidos como sagrados, onde eu via a fé nos olhos daquelas pessoas, mas a sua fé, não era a minha fé. O que lhes curava, para mim apenas causava mais dor. Então sempre pensava, o que há de errado? Por que sou assim? E nunca encontrei uma resposta.
Quantos rostos eu já vi, quantas palavras já ouvi e nada pode tocar meu coração. Ver a felicidade, sorrisos, pelo mais insignificante dos atos, apenas sorrir. Cada instante era uma eternidade e o que encontrava no eterno? Sombras, incertezas, dor.
Por isso, hoje, ao invés de me deitar em minha cama, olhar para o teto, tentar inutilmente dormir, me levantei e deixei meu corpo me guiar, guiar-me para além de meu reino, para o desconhecido.
Há um rio que corta a cidade, profundo, caudaloso, de correnteza alta. Ele cruza o centro do parque em que estou. Um espetáculo de rara beleza. Há noite luzes azuis iluminam o rio, fazem dele um ser sobrenatural, sedutor.
Para apreciar este espetáculo único, uma ponte de vidro foi construída. É como se andássemos sobre o próprio rio, liberdade, liberdade da própria terra, da humanidade.
Essa ponte se tornou minha amiga, companheira, aonde eu vinha para refletir, chorar. E agora meu corpo me trouxe para ela. Parei no meio dela, me sentei, observei o parque, eu era a única pessoa nele, depois fixei meu olhar no rio abaixo.
Como eu gostaria de ser como ele. Nascer tão pequeno, em lugares desconhecidos, e aos poucos crescer, correr pelo mundo, sendo apenas eu mesmo, seguindo apenas meu curso, me dirigindo para a imensidão, para o oceano. No caminho encontraria lindas paisagens, porém iria saber que nada é eterno, que aqueles poucos momentos em que eu ficaria com elas seria para mim mais que a própria imortalidade.
Infelizmente, não sou esse rio, não tenho sua liberdade, sua direção. Talvez eu não seja o rio, mas posso fazer parte dele.
Me levantei, tirei minha roupa lentamente, podia  sentir os flocos de neve acariciando minha pele, me trazendo lembranças de todos os momentos em que tudo o que senti foi a solidão, o frio. Não pude deixar de chorar. Chorar por tudo aquilo que ficava para trás. Mas eu finalmente pude entender o porquê de meu corpo me trazer até aqui.
Peguei as roupas, uma a uma joguei-as no rio. Quando meus olhos pararam de verter a dor da alma, subi no parapeito da ponte, senti o vento em meu corpo, que já não mais tremia pelo frio, mas sim pela expectativa da liberdade, da luz.
Fiquei parado do outro lado da ponte, encostado no parapeito, sentindo que finalmente as sombras deixariam de existir. Sob meus pés apenas o rio, a liberdade.
Fechei meus olhos e me entreguei à luz, aos sonhos. Mas antes que eu pudesse me entregar à liberdade total, ao rio, pude sentir que fui abraçado por minha cintura e puxado de volta.


Este foi o primeiro capitulo do conto Perdido em mim, espero que tenham gostado e esperem os próximos capítulos que estão por vir.
Um grande abraço e obrigado por estarem comigo no mundo da leitura.
 Pallas

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Estações, Outono


As Folhas que Caem
Continuando a falar sobre um tema que nunca terá fim, a natureza, venho agora falar sobre o outono.
 No post anterior tivemos o inverno, com a sua brancura, o veludo enganoso da neve, escondendo perigos mortais.
Nesta estação, o outono, vemos as folhas caírem, o dourado tomar conta da paisagem, o vento espalha uma saudade sem fim, pois estamos nos aproximando do inverno época de ficar afastado, em que hibernamos em nossos corações para podermos seguir adiante com nosso esforço.

Uma grande tristeza paira no ar, uma saudade dos tempos passados, dos tempos idos do verão, o calor passa a se transformar em frio, tudo muda aos poucos. Somos assim, seres mutáveis e a natureza também o é, na verdade é isso que nos permite avançar no patamar do mundo, na nossa evolução, seja ela física ou espiritual.
Aos poucos vamos nos adaptando a ver as árvores perderem suas folhas, seus mantos verdes se tornarem mantos dourados e depois caírem sobre suas raízes forrando o chão, transmutando-o em  algo novo, transforma-o na magia da vida.
Podemos temer as mudanças, mas não vivemos sem elas, elas nos fazem progredi. Que a partir de hoje possamos encarar tudo o que a Mãe Natureza colocar em nosso caminho.
E eu deixo com vocês imagens do outono, das folhas caindo, dos carvalhos, das florestas mágicas:

            

           
  





E para terminar deixo essa mensagem para vocês:
“Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente”
Dalai Lama

Livro, Ana Karênina


Ana Karênina
Leão Tolstói
 

Ao ler Ana Karênina um mundo de personagens nos é apresentado, são reais e tangíveis, ao mesmo tempo em que
possuem uma sutileza própria da alma de cada ser humano. A sociedade russa nos é apresentada de forma sublime e envolvente no desenvolver da vida e história de cada personagem. Leão Tolstói possui uma incrível capacidade de explorar o desconforto, tormento e indecisão da nobreza russa perante os percalços da vida.  
Dária Alieksándrovna decide pedir o divorcio a Stiepan Arcádievitch por este ser um marido infiel. Dolly (nome íntimo de Dária) decide extirpar as relações que possui com o marido quando descobre um bilhete endereçado a Stiepan pela preceptora francesa dos filhos. Dolly fica indignada, pois aquele que deveria ser seu marido puro de outrora está a fornicar com a preceptora das crianças. Para remediar sua situação, Stiepan clama a sua irmã que com sua beleza e carisma resolva a situação.

Dária Alieksándrovna é a personificação das mulheres dedicadas a casa, ao marido e as crianças. Ao olharmos para as mulheres da época de Tolstói, e até mesmo atualmente, veremos que são forçadas a casar pelos pais com o pretendente ideal, com a maior fortuna, sem possuírem, muitas vezes, a menor estima pelo pretendente. Resta disso, após algum tempo de casamento, a infelicidade do casal, a mulher tendo de representar o papel de esposa dedicada, quando na verdade o despreza. E o homem passa a ignorar a mulher e encontra na traição uma forma de fugir do desgaste das constantes discussões.
Mulheres como Dolly não possuem saída, elas são preparadas para o casamento, nos assuntos de casa, na criação dos filhos, mas não lhes és dada uma educação que as permita possuírem uma forma de se sustentar independentemente, e caso uma mulher se tornasse independe era vista como uma perdida. Dolly se dá conta ao longo do livro que despreza o marido, mas depende dele, pois não pode abandoná-lo e criar seus seis filhos sozinha, como iria educa-los, alimenta-los, vesti-los? O desprezo que sente deve-se ao fato de compreender o porque da traição, já não é mais uma mulher bonita, absteve-se de sua beleza para se dedicar aos filhos, sempre freqüentes nos quinze anos de casada e seus atrativos definharam como uma rosa fora da água, e seu marido procura rosas frescas. A compreensão de sua situação se dá no decorrer da história, ela percebe que por mais que despreze o marido, após sua traição, não pode abandoná-lo ele é sua ponte no meio do abismo da vida, uma ponte desgastada e velha, porém sua única.


Stiepan Arcádievitch é o representante dos bonacheirões, boêmios. Adora estar nas reuniões a beber e conversar alegremente com todos. Possui um sorriso que conquista a todos. Toda a sua felicidade e bondade o afasta das questões que tanto atormentam sua mulher, a educação dos filhos, despesas da casa, vestimenta tornando sua relação de pai e marido um tanto quanto evasiva. Por estar sempre na sociedade, nas festas, clubes,encontros gasta muito e sua fortuna não é das melhores. De seu modo ama a mulher, mas a vê como parte do lar, e pensa não ser decente procurá-la sempre para satisfazer seus apetites sexuais.

Para todos os amantes dos livros vale à pena ler este livro, se infiltrar na Rússia, no mundo da política russa, dessa sociedade composta por traços ao mesmo tempo ocidentais e orientais. Podemos encontrar em Ana e Stiepan um estágio de envolvendo das diversas culturas. E para mergulharmos neste outro universo basta que você abra o portal para a Rússia de Leão Tolstói, não se arrependerá.



Para terminar esse pequeno presente. Não vi o filme, mas o trailer é muito bonito, com certeza o filme passa a imagem da dor dessa mulher.

Ana Karenina
Autor: Leão Tolstói
Editora: Abril
Número de páginas: 749


  



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fanart de Harry Potter


Resgatando a Magia de
Harry Potter
Harry Potter sempre fez e fará parte dos corações de todos os fãs ao redor do mundo. Ele mudou vidas, deu coragem, exemplo de amizade, que no mundo existe sim magia, mas que os problemas também proliferam e o mundo é cruel, temos que lutar para estar nele. Tudo isso e muito mais aprendemos com essa saga.
Faz mais de oito anos que sou um grande fã dessa saga, e posso afirmar que não sei quem eu seria hoje sem ela, para muitos pode parecer absurdo dizer essas palavras, contudo tenho certeza que também é assim para milhares de pessoas. Crescemos com ele, passamos pelos mesmos problemas, é claro que não os problemas mágicos, mas os da adolescência, e Harry, Ron e Hermione sempre estiveram conosco, estiveram conosco nos momentos em chorávamos, ríamos, ficávamos ansiosos. E agora está se aproximando a data de um ano em que Relíquias da Morte parte II estreou nos cinemas, e quase seis anos que o livro foi lançado.
Apenas um fã pode dizer o que uma série, um ídolo significa para ele. Porém posso ver hoje em dias que a maioria dos que se dizem fãs de uma banda, um filme, nem mesmo sabem ao certo o que estão fazendo ali. Estão ali por causa da beleza deles ou porque os outros também estão. É triste ver o quão vazio de significado essas novas legiões de bandas e filmes atuais se tornaram.

Mas voltando, o adeus é a parte mais difícil e também a mais necessária, nada dura para sempre, e essa é outra lição que temos nesta série. Os personagens que mais amamos morrem, eles são humanos, como nós, portanto morrem. Não sem nos deixar um vazio e muita saudade.
É pouco, na verdade pouquíssimo perante o amor que sinto por essa série e também o que nós sentimos por ela, mas eu reuni algumas fanart que tenho guardadas comigo há muito tempo, me bateu uma enorme saudade, espero que apreciem.

Elas  reúnem diversos temas, tanto cenas do filme, desenhos, manipulações digitais. E como eu percebi existe muita fanart gay da série, seguindo o estilo Yaoi, eu coloque-ias também, sejam bem vindos à eterna magia de Harry Potter:
 















Fanfic: Diamante Negro




Olá a todos,
 essa é uma pequena introdução a uma fanfic iniciada há muito tempo, na verdade um pedido de um grande amigo meu, e também a pedido dele venho postar o primeiro capítulo.
Esta fanfic é sobre a Saga Harry Potter, sou um apaixonado por ela, ela fez, faz e fará parte de minha vida. Mas agora vamos á ela, também deixo o convite para comentarem e talvez eu escreva mais sobre ela.



O Diamante Negro
Capítulo1
Um corredor escuro, sem portas e janelas, se abria a sua frente, engoli-a nas trevas da noite. De repente surge um rosto amado, um raio de sol na escuridão. Precisava alcançá-lo, mas como? O escuro era tangível, um veludo negro a sufocá-la. Um ponto, mais negro e ameaçador que as trevas que a cercavam, apareceu diante de seu amado. Precisava salva-lo. Mas estava longe demais, as paredes impediam-na de aparatar, aquele ser não podia tocar seu amor. Então uma voz ecoou pelos corredores, um esgar das trevas reinantes sobre o seu desespero. Aquele som retiniu em seus ossos e a fez parar. Diante de seus olhos aparecia à morte, o fim de tudo, olhos do rubi mais pútrido que conhecia assolaram sua mente.
Um grito mudo a fez acordar, suando frio, o sonho de sempre, assim que fechava os olhos o mesmo sonho vinha toda a noite. Por esse motivo dormia cada vez menos de medo de encarar a terrível verdade. Contudo não estava ali para resolver seus problemas, o motivo de estar sentada no Expresso de Hogwarts era para ajudar a reconstruir a Escola De Magia E Bruxaria De Hogwarts.
Amélia Frânçoá vinha para a Inglaterra a pedido de Madame Máxime diretora da Academia Beaxtonxs para ajudar na reconstrução de Hogwarts. Lera nos jornais as terríveis noticias da carnificina nos terrenos da escola e a queda do maior e mais temido bruxo das trevas, Lord Voldemort, o nome nunca a assustou, pois conhecia outros seres das trevas.
A ameaça do mundo bruxo não alterou tanto a vida francesa. É claro, ouve medidas de segurança muito rígidas tomadas pelo ministério francês, além da preocupação constante e o medo reinante do Lord das Trevas se voltar para a França. Contudo a vida continuava relativamente calma, com poucos estragos causados pelo Senhor das Trevas. Ao pisar em Londres o horror das barbáries cometidas por aquele bruxo pervertido a assolaram por completo. As casas mágicas estavam fechadas, as lojas do famoso Beco Diagonal em ruínas, até mesmo o mundo trouxa sofria visivelmente com grandes perdas nas construções da cidade. O pior de tudo não eram os bens materiais, mas as pessoas que estampavam o medo e o horror em seus rostos descarnados pela preocupação e sofrimento resultante da Guerra Bruxa.
Agora estava sentado no Expresso de Hogwarts  aguardando ver a destruição em que estava a escola mais famosa da Inglaterra, seu maior orgulho e ostentação destruída pelos caprichos de Lord Voldemort. Ali as feridas estariam mais sangrentas, os cortes profundos estavam abertos e precisavam ser fechados. Sua função era essa, fechar a carne exposta pela Guerra, para Amélia era uma forma de ajudar a fechar as suas próprias feridas.
O solavanco final da locomotiva a fez despertar de seus devaneios e traze-la de volta a realidade. Saiu de sua cabine, que ocupava sozinha, por ser uma estrangeira e ter estado dormindo na maior parte do tempo. Na porta da cabine olhou para os lados para ver quem ocupava o trem. Para sua surpresa viu uma pequena criança com a mãe a se balançar no portal da cabine e pensou que apesar das desgraças do mundo a vida continuava seu caminho indiferente a tudo.
Caminhando pelos corredores observava os rostos desconhecidos que mostravam a esperança de reconstruir suas vidas, em cima da alegria e da descontração. Perante aqueles rostos tristes e felizes ao mesmo tempo não podia deixar de sorrir. Com esse sentimento desceu as escadas no meio da multidão e sentiu que essa poderia ser sua nova vida.
Na estação de desembargue um homem enorme a tocou no braço e a cumprimentou.
­­­­­­­­­­            −Mademoiselle Amélia Frânçoá?
−Sim?
−Oh que bom. Sou Hagrid! Professor de Hogwarts.
−Que ótimo. Poderia me leva até... ehh...
−Minerva McGonagall?
−Sim é claro. Me desculpe, é que Madame Máxime...
−Madame Máxime? Ela lhe pediu para vir?
−Foi. Não é bem a minha área... na verdade eu nem ao menos sei muito bem o que irei fazer.
− Ah. Isso não é problema. Desde que... Desde que... Bem... A senhora compreende, desde o ocorrido temos muito trabalho para fazer e com certeza a senhora será bem vinda.
Ele ficou nervoso ao citar a tragédia, pensou Amélia, afinal é natural, esteve aqui, devo me acostumar com o modo de se referir a Batalha. Mas esse Hagrid parece ser um homem muito bom e simpático, mas os sentimentos fortes ainda o abalam. −Merci. E não me chame de senhora. Sou bem novinha ainda. Estou... como se pode dizer...
−Na flor da idade. Completou Hagrid já se sentindo mais a vontade com a francesa. E aproveitando da simpatia da nova integrante de Hogwarts perguntou.
  −Me desculpe se for atrevimento... mas é que a Mademoiselle não possui...
−O sotaque francês? Ahhh sempre me perguntam à mesma coisa. Vivi muito tempo na América e acabei perdendo os erres do sotaque, uma verdadeira lástima – acrescentou em tom irônico.
Hagrid não se segurou, e acabou dando um enorme sorriso, deixando a mostra todos os seus grandes dentes. −Não fique chateada. Cada um com seu sotaque ou, no seu caso sem ele. É as coisas são assim. Disse em tom bem mais descontraído do que o que adotara até agora. Vamos então, a diretora McGonagall já deve estar nos esperando.
Pelo caminho de carruagem até o castelo ficou a escutar aquele homem encantador, seu carisma é do tamanho de seu corpo. No seu rosto está estampada além da alegria a dor da perda. Améliaficou a olhar para os Testrálios a puxarem a carruagem, afinal podia vê-los também, perdera um ente amado como todos naquele castelo. Os cavalos da morte, seus ossos a transparecer por baixo da pele com um olhar vago e vazio de sentimentos. Debaixo dessa aparência um amável ser se escondia, será assim também com os humanos?
− Mademoiselle Amélia Frânçoá chegamos. Queira me acompanhar.
Seus devaneios foram quebrados e ela olhou nos olhinhos do homem bondoso a sua frente. Oh é claro. Me desculpe por estar detraída.
Ao descer da carruagem seus músculos estacaram. Um antigo e poderoso castelo lhe encheu os olhos e sem poder controlar as lágrimas, elas escorrem de seus olhos. Hagrid percebeu suas lágrimas e virou o rosto certamente para esconder suas próprias lágrimas de sofrimento.
− Por aqui...
E o homem gigantesco começou a guiá-la para dentro das ruínas. O antigo esplendor ainda existia, porém ocultado por um mar de destroço e ruínas. Lera no jornal que a escola estava depredada. Depredada, isso não é nem a milésima parte da realidade do que via. Conforme andava ia imaginando como foi a grande batalha, quantas vidas foram ceifadas. Entraram no pátio e não se viu um local desprovido de pedras, ferros e até mesmo restos de roupa e outros pequenos objetos espalhados pelo chão do pátio. O pior de tudo deve ter sido a retirada dos mortos, nossos irmãos, amigos, filhos, familiares que somos obrigados a encarar após a visita prematura da morte, lembrava-se muito bem do que era olhar o rosto vazio de quem perdemos e sabemos que nunca mais irá sorrir. Passaram rápido pelas portas de entrada e subiram as escadas, Amélia pode ver rubis espalhados pelo chão a lembrar o sangue perdido de muitos. Outras pedras preciosas jaziam no chã, mas ela não se dignou a olha-las. Nas escadas faltavam pedaços, muitas haviam caído, inúmeros quadros estavam espalhados pelo chão.
−Minerva ainda não se dedicou a reconstruir a escola. Ela está cuidando das famílias e mortos e Harry... Disse Hagrid. Nessa parte Hagrid rompeu o dique que represava e soltou as lágrimas. Ela entendia, compreendia que ainda não haviam recomeçado a reconstrução da escola.
−Hagrid... Eu sei...
− Me desculpe por isso. É que é doloroso pensar sobre isso...
− Não pense. Aonde devemos ir? Amélia falava em um tom consolador.
−Já chegamos, entre. Não vou subir me esperam na Floresta Negra para resolver alguns assuntos.
−Muito obrigada por me acompanhar. Sorrindo de forma amável para um homem tão emotivo.
− Agradeço a Mademoiselle. E desceu as escadas sorrindo.




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