Olá a todos,
essa é uma pequena introdução a uma fanfic iniciada há muito tempo, na verdade um pedido de um grande amigo meu, e também a pedido dele venho postar o primeiro capítulo.
Esta fanfic é sobre a Saga Harry Potter, sou um apaixonado por ela, ela fez, faz e fará parte de minha vida. Mas agora vamos á ela, também deixo o convite para comentarem e talvez eu escreva mais sobre ela.
O Diamante Negro
Capítulo1
Um corredor escuro, sem portas e janelas, se abria a sua frente, engoli-a nas trevas da noite. De repente surge um rosto amado, um raio de sol na escuridão. Precisava alcançá-lo, mas como? O escuro era tangível, um veludo negro a sufocá-la. Um ponto, mais negro e ameaçador que as trevas que a cercavam, apareceu diante de seu amado. Precisava salva-lo. Mas estava longe demais, as paredes impediam-na de aparatar, aquele ser não podia tocar seu amor. Então uma voz ecoou pelos corredores, um esgar das trevas reinantes sobre o seu desespero. Aquele som retiniu em seus ossos e a fez parar. Diante de seus olhos aparecia à morte, o fim de tudo, olhos do rubi mais pútrido que conhecia assolaram sua mente.
Um grito mudo a fez acordar, suando frio, o sonho de sempre, assim que fechava os olhos o mesmo sonho vinha toda a noite. Por esse motivo dormia cada vez menos de medo de encarar a terrível verdade. Contudo não estava ali para resolver seus problemas, o motivo de estar sentada no Expresso de Hogwarts era para ajudar a reconstruir a Escola De Magia E Bruxaria De Hogwarts.
Amélia Frânçoá vinha para a Inglaterra a pedido de Madame Máxime diretora da Academia Beaxtonxs para ajudar na reconstrução de Hogwarts. Lera nos jornais as terríveis noticias da carnificina nos terrenos da escola e a queda do maior e mais temido bruxo das trevas, Lord
Voldemort, o nome nunca a assustou, pois conhecia outros seres das trevas.
A ameaça do mundo bruxo não alterou tanto a vida francesa. É claro, ouve medidas de segurança muito rígidas tomadas pelo ministério francês, além da preocupação constante e o medo reinante do Lord das Trevas se voltar para a França. Contudo a vida continuava relativamente calma, com poucos estragos causados pelo Senhor das Trevas. Ao pisar em Londres o horror das barbáries cometidas por aquele bruxo pervertido a assolaram por completo. As casas mágicas estavam fechadas, as lojas do famoso Beco Diagonal em ruínas, até mesmo o mundo trouxa sofria visivelmente com grandes perdas nas construções da cidade. O pior de tudo não eram os bens materiais, mas as pessoas que estampavam o medo e o horror em seus rostos descarnados pela preocupação e sofrimento resultante da Guerra Bruxa.
Agora estava sentado no Expresso de Hogwarts aguardando ver a destruição em que estava a escola mais famosa da Inglaterra, seu maior orgulho e ostentação destruída pelos caprichos de Lord Voldemort. Ali as feridas estariam mais sangrentas, os cortes profundos estavam abertos e precisavam ser fechados. Sua função era essa, fechar a carne exposta pela Guerra, para Amélia era uma forma de ajudar a fechar as suas próprias feridas.
O solavanco final da locomotiva a fez despertar de seus devaneios e traze-la de volta a realidade. Saiu de sua cabine, que ocupava sozinha, por ser uma estrangeira e ter estado dormindo na maior parte do tempo. Na porta da cabine olhou para os lados para ver quem ocupava o trem. Para sua surpresa viu uma pequena criança com a mãe a se balançar no portal da cabine e pensou que apesar das desgraças do mundo a vida continuava seu caminho indiferente a tudo.
Caminhando pelos corredores observava os rostos desconhecidos que mostravam a esperança de reconstruir suas vidas, em cima da alegria e da descontração. Perante aqueles rostos tristes e felizes ao mesmo tempo não podia deixar de sorrir. Com esse sentimento desceu as escadas no meio da multidão e sentiu que essa poderia ser sua nova vida.
Na estação de desembargue um homem enorme a tocou no braço e a cumprimentou.
−Mademoiselle Amélia Frânçoá?
−Sim?
−Oh que bom. Sou Hagrid! Professor de Hogwarts.
−Que ótimo. Poderia me leva até... ehh...
−Minerva McGonagall?
−Sim é claro. Me desculpe, é que Madame Máxime...
−Madame Máxime? Ela lhe pediu para vir?
−Foi. Não é bem a minha área... na verdade eu nem ao menos sei muito bem o que irei fazer.
− Ah. Isso não é problema. Desde que... Desde que... Bem... A senhora compreende, desde o ocorrido temos muito trabalho para fazer e com certeza a senhora será bem vinda.
Ele ficou nervoso ao citar a tragédia, pensou Amélia, afinal é natural, esteve aqui, devo me acostumar com o modo de se referir a Batalha. Mas esse Hagrid parece ser um homem muito bom e simpático, mas os sentimentos fortes ainda o abalam. −Merci. E não me chame de senhora. Sou bem novinha ainda. Estou... como se pode dizer...
−Na flor da idade. Completou Hagrid já se sentindo mais a vontade com a francesa. E aproveitando da simpatia da nova integrante de Hogwarts perguntou.
−Me desculpe se for atrevimento... mas é que a Mademoiselle não possui...
−O sotaque francês? Ahhh sempre me perguntam à mesma coisa. Vivi muito tempo na América e acabei perdendo os erres do sotaque, uma verdadeira lástima – acrescentou em tom irônico.
Hagrid não se segurou, e acabou dando um enorme sorriso, deixando a mostra todos os seus grandes dentes. −Não fique chateada. Cada um com seu sotaque ou, no seu caso sem ele. É as coisas são assim. Disse em tom bem mais descontraído do que o que adotara até agora. Vamos então, a diretora McGonagall já deve estar nos esperando.
Pelo caminho de carruagem até o castelo ficou a escutar aquele homem encantador, seu carisma é do tamanho de seu corpo. No seu rosto está estampada além da alegria a dor da perda. Améliaficou a olhar para os Testrálios a puxarem a carruagem, afinal podia vê-los também, perdera um ente amado como todos naquele castelo. Os cavalos da morte, seus ossos a transparecer por baixo da pele com um olhar vago e vazio de sentimentos. Debaixo dessa aparência um amável ser se escondia, será assim também com os humanos?
− Mademoiselle Amélia Frânçoá chegamos. Queira me acompanhar.
Seus devaneios foram quebrados e ela olhou nos olhinhos do homem bondoso a sua frente. Oh é claro. Me desculpe por estar detraída.
Ao descer da carruagem seus músculos estacaram. Um antigo e poderoso castelo lhe encheu os olhos e sem poder controlar as lágrimas, elas escorrem de seus olhos. Hagrid percebeu suas lágrimas e virou o rosto certamente para esconder suas próprias lágrimas de sofrimento.
− Por aqui...
E o homem gigantesco começou a guiá-la para dentro das ruínas. O antigo esplendor ainda existia, porém ocultado por um mar de destroço e ruínas. Lera no jornal que a escola estava depredada. Depredada, isso não é nem a milésima parte da realidade do que via. Conforme andava ia imaginando como foi a grande batalha, quantas vidas foram ceifadas. Entraram no pátio e não se viu um local desprovido de pedras, ferros e até mesmo restos de roupa e outros pequenos objetos espalhados pelo chão do pátio. O pior de tudo deve ter sido a retirada dos mortos, nossos irmãos, amigos, filhos, familiares que somos obrigados a encarar após a visita prematura da morte, lembrava-se muito bem do que era olhar o rosto vazio de quem perdemos e sabemos que nunca mais irá sorrir. Passaram rápido pelas portas de entrada e subiram as escadas, Amélia pode ver rubis espalhados pelo chão a lembrar o sangue perdido de muitos. Outras pedras preciosas jaziam no chã, mas ela não se dignou a olha-las. Nas escadas faltavam pedaços, muitas haviam caído, inúmeros quadros estavam espalhados pelo chão.
−Minerva ainda não se dedicou a reconstruir a escola. Ela está cuidando das famílias e mortos e Harry... Disse Hagrid. Nessa parte Hagrid rompeu o dique que represava e soltou as lágrimas. Ela entendia, compreendia que ainda não haviam recomeçado a reconstrução da escola.
−Hagrid... Eu sei...
− Me desculpe por isso. É que é doloroso pensar sobre isso...
− Não pense. Aonde devemos ir? Amélia falava em um tom consolador.
−Já chegamos, entre. Não vou subir me esperam na Floresta Negra para resolver alguns assuntos.
−Muito obrigada por me acompanhar. Sorrindo de forma amável para um homem tão emotivo.
− Agradeço a Mademoiselle. E desceu as escadas sorrindo.