A Grécia Antiga
Em posts anteriores aqui do blog falamos sobre o Egito, um pequeno resumo sobre este fascinante povo e também em outro post falamos sobre Alexandre Magno, um dos maiores imperadores que já pisaram na Terra. Agora falando novamente de história voltaremos à Grécia, mais especificamente a arte grega, das esculturas.
Não podemos desassociar a Grécia de seus deuses. Um não existe sem o outro. Será os deuses criadores da Grécia ou a Grécia criadora dos deuses? Em todos os casos eles estão tanto nas raias culturais quanto artísticas dos helenos. Podemos dizer, que como em praticamente todas as culturas do mundo, a arte propriamente dita surgiu através da religião, surgiu com o culto aos deuses.
A Grécia pregava o culto ao belo, ao belo da natureza, e isso incluía as formas perfeitas, a perfeição humana. Se os humanos eram seres com condição de se tornar quase ou mais belos, em alguns casos, que os próprios deuses, como fazer a manifestação terrestre das divindades?
Uma questão delicada e fortemente ligada à cultura de cada povo. Podemos ver como era o povo devido a manifestações artísticas, elas funcionam como um vestígio do estado do povo, pequenas particularidades que apenas vestígios de alimentos, vestimentas não são suficientes para se constatar. O Egito produziu alguns dos mais imponentes e belos momentos ainda vivos. Que mesmos os mais hábeis arquitetos, escultores, engenheiros, não saberiam construir.
O Egito sempre exerceu grande influencia em seus arredores, e com a Grécia não foi diferente. Antes do encontro cultural com o povo das terras do Nilo, o povo heleno, na era conhecida como arcaica construía apenas pequenas estatuetas, não dominavam a técnica de manejo das pedras para construção de grandes estátuas. O intercâmbio cultural e artístico com os egípcios proporcionou aos gregos aprimorarem suas técnicas “rudimentares”, se comparadas aos egípcios, da execução de grandes esculturas.
Estátuas do período arcaico |
Vênus de Milos |
Contudo os dois povos são muito diferentes. O Egito caracteriza-se por seus monumentos austeros, e praticamente imutáveis, nas características básicas ao longo dos seus mais de 4 mil anos de história. Já na Grécia eles não viam o mundo tão austeramente, ao menos não em seus monumentos para a posteridade.
Nestes primórdios, pode-se dizer que as estatuetas seguiam um estilo mais conservador e austero, suas representações não possuíam sentimentos, denotavam frieza e separação do mundo ao qual estão. Mas isso com o tempo isso mudou. O centro cultural do mundo ocidental se podemos chamá-la assim, não permaneceria fixo em seu passado. Logo suas técnicas superaram e muito as estátuas egípcias, no que se refere à perfeição, suavidade, beleza e proporção.
As estátuas ao longo do tempo parecem que vão criando vida, e logo adquirem tamanha perfeição que quase podemos vê-las se movendo, conversando, nos dando conselhos, nos dando reprimendas. E essa era mesmo a intenção.
Nos templos a câmara central abrigava uma representação da divindade à qual o templo era consagrado. Esta estátua tinha que reproduzir, criar a impressão de que o deus(a) estava ali, diante dos fiéis, com sua presença divina, que a estátua realmente era viva. E era.
Deusa Ártemis |
Para os gregos e também para muitos outros povos, quando um escultor está criando sua obra ele está tão empenhado ali, que parte de sua energia, de sua aura, liga-se a sua obra, o escultor deixa de ser mero escultor, enquanto esculpe, ele dá vida à rocha, literalmente falando, ele passa ser um deus, um criador.
A estátua cria vida pelas mãos do escultor, e uma estátua de um deus recebe tanta energia, rituais de purificação, veneração que aos poucos parte da própria essência deste deus realmente passa a habitar aquele recinto, aquele corpo de rocha, metal. Tudo isso contribui para a tamanha fascinação que estas estátuas nos causam.
Modeladas com fé, nas mãos dos maiores construtores que surgiram como Fídias responsável pela construção do Parthenon e também de uma das esculturas mais admiradas de toda antiguidade, a Athena Parthenos ("Atena virgem").
Athena Parthenos ("Atena virgem"), réplica |
A singeleza grega não pôde ser repetida, a força que suas estátuas possuem a sua magia, sua essência. O país onde as artes prosperaram e se espalharam, nos deixou não só a Filosofia, a Matemática, Medicina. Geometria, suas lendas e mitos. Como também sua arte. O mármore deixou de ser mármore, e passou a ser a veia, a pele de novos seres, as estátuas.
Abaixo seguem-se algumas esculturas gregas, o deslumbre artístico grego:
Hermes, deus mensageiro dos deuses, senhor dos caminhos, dos ladrões |
Deusa Ártemis, Senhora dos bosques, deusa virgem |
Perseu, Herói grego que matou a Medusa |
De um grande admirador da Grécia
E seguidor de seu culto
Pallas
Adorei o texto!
ResponderExcluirOla Pallas. Adorei seu blog e aprecio muito todas as culturas.
ResponderExcluirGanhei duas estatuetas Gregas e estou na dúvida de quem são. Será que vc poderia me ajudar nesta descobrerta. Se sim entre em contato pelo meu email e te mando as fotos. Muito obrigada.