domingo, 15 de abril de 2012

A arte divina, Esculturas gregas


A Grécia Antiga
 
Em posts anteriores aqui do blog falamos sobre o Egito, um pequeno resumo sobre este fascinante povo e também em outro post falamos sobre Alexandre Magno, um dos maiores imperadores que já pisaram na Terra. Agora falando novamente de história voltaremos à Grécia, mais especificamente a arte grega, das esculturas.
Não podemos desassociar a Grécia de seus deuses. Um não existe sem o outro. Será os deuses criadores da Grécia ou a Grécia criadora dos deuses? Em todos os casos eles estão tanto nas raias culturais quanto artísticas dos helenos. Podemos dizer, que como em praticamente todas as culturas do mundo, a arte propriamente dita surgiu através da religião, surgiu com o culto aos deuses.
A Grécia pregava o culto ao belo, ao belo da natureza, e isso incluía as formas perfeitas, a perfeição humana. Se os humanos eram seres com condição de se tornar quase ou mais belos, em alguns casos, que os próprios deuses, como fazer a manifestação terrestre das divindades?
Uma questão delicada e fortemente ligada à cultura de cada povo. Podemos ver como era o povo devido a manifestações artísticas, elas funcionam como um vestígio do estado do povo, pequenas particularidades que apenas vestígios de alimentos, vestimentas não são suficientes para se constatar. O Egito produziu alguns dos mais imponentes e belos momentos ainda vivos. Que mesmos os mais hábeis arquitetos, escultores, engenheiros, não saberiam construir.
O Egito sempre exerceu grande influencia em seus arredores, e com a Grécia não foi diferente. Antes do encontro cultural com o povo das terras do Nilo, o povo heleno, na era conhecida como arcaica construía apenas pequenas estatuetas, não dominavam a técnica de manejo das pedras para construção de grandes estátuas. O intercâmbio cultural e artístico com os egípcios proporcionou aos gregos aprimorarem suas técnicas “rudimentares”, se comparadas aos egípcios, da execução de grandes esculturas.
Estátuas do período arcaico

Vênus de Milos
Contudo os dois povos são muito diferentes. O Egito caracteriza-se por seus monumentos austeros, e praticamente imutáveis, nas características básicas ao longo dos seus mais de 4 mil anos de história. Já na Grécia eles não viam o mundo tão austeramente, ao menos não em seus monumentos para a posteridade.
Nestes primórdios, pode-se dizer que as estatuetas seguiam um estilo mais conservador e austero, suas representações não possuíam sentimentos, denotavam frieza e separação do mundo ao qual estão. Mas isso com o tempo isso mudou. O centro cultural do mundo ocidental se podemos chamá-la assim, não permaneceria fixo em seu passado. Logo suas técnicas superaram e muito as estátuas egípcias, no que se refere à perfeição, suavidade, beleza e proporção.
As estátuas ao longo do tempo parecem que vão criando vida, e logo adquirem tamanha perfeição que quase podemos vê-las se movendo, conversando, nos dando conselhos, nos dando reprimendas. E essa era mesmo a intenção.
Nos templos a câmara central abrigava uma representação da divindade à qual o templo era consagrado. Esta estátua tinha que reproduzir, criar a impressão de que o deus(a) estava ali, diante dos fiéis, com sua presença divina, que a estátua realmente era viva. E era.
Deusa Ártemis
Para os gregos e também para muitos outros povos, quando um escultor está criando sua obra ele está tão empenhado ali, que parte de sua energia, de sua aura, liga-se a sua obra, o escultor deixa de ser mero escultor, enquanto esculpe, ele dá vida à rocha, literalmente falando, ele passa ser um deus, um criador.
A estátua cria vida pelas mãos do escultor, e uma estátua de um deus recebe tanta energia, rituais de purificação, veneração que aos poucos parte da própria essência deste deus realmente passa a habitar aquele recinto, aquele corpo de rocha, metal. Tudo isso contribui para a tamanha fascinação que estas estátuas nos causam.
Modeladas com fé, nas mãos dos maiores construtores que surgiram como Fídias responsável pela construção do Parthenon e também de uma das esculturas mais admiradas de toda antiguidade, a Athena Parthenos ("Atena virgem").
Athena Parthenos ("Atena virgem"), réplica
A singeleza grega não pôde ser repetida, a força que suas estátuas possuem a sua magia, sua essência. O país onde as artes prosperaram e se espalharam, nos deixou não só a Filosofia, a Matemática, Medicina. Geometria, suas lendas e mitos. Como também sua arte. O mármore deixou de ser mármore, e passou a ser a veia, a pele de novos seres, as estátuas.
Abaixo seguem-se algumas esculturas gregas, o deslumbre artístico grego:
Hermes, deus mensageiro dos deuses, senhor dos caminhos, dos ladrões


Deusa Ártemis, Senhora dos bosques, deusa virgem
Perseu, Herói grego que matou a Medusa



De um grande admirador da Grécia
E seguidor de seu culto
Pallas

2 comentários:

  1. Ola Pallas. Adorei seu blog e aprecio muito todas as culturas.
    Ganhei duas estatuetas Gregas e estou na dúvida de quem são. Será que vc poderia me ajudar nesta descobrerta. Se sim entre em contato pelo meu email e te mando as fotos. Muito obrigada.

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