O olhar divino do ser humano
Somos um espécie tão controversa, tão cheia de mistérios, talvez de origem divina, talvez de origem alienígena ou até mesmo intra-terrena, para os céticos tudo não passa de teoria da conspiração, mas para os crentes nos humanos a resposta está visível, os olhos.
Nossos olhos foram considerados ao longo das eras a evidência da perfeição humana, a prova da existência de um ser superior, afinal como uma estrutura tão magnífica quanto os olhos poderia ser obra do acaso? Da Evolução? E seja em qual cultura for eles sempre revelam mistérios insondáveis da alma.
Mesmo que não os entendamos eles são como janelas para um céu, ou para um abismo. Quantas vezes um olhar muda tudo, com um simples olhar toda a situação muda, a forma de encarar, tudo acaba por transmutar devido a este órgão tão cheio de perguntas.
Pelo tempo ele foi considerado sagrado, no Egito o olho de Hórus, símbolo da proteção, da vida, da essência divina, sendo seu maior símbolo o sol, o olho dos deuses. Os
mistérios, lendas, contos, envolvendo os olhos são infindáveis.
Este é um conto retirado deste blog, sobre a origem das cachoeiras de Lisboa:
Lenda dos Olhos de Água
“Há muito, muito tempo viveu por estas paragens um rei mouro e a sua filha.
A princesa uma linda moça, de cabelos negros e olhos de azeitona, perdeu-se de encantos por um pobre jovem que de seu nada tinha.
Quando se apercebeu do que se estava a passar o rei, como era hábito no seu tempo, impediu que o enlace se consumasse. E ordenou:
- Proíbo-te que vejas de novo o teu amado. Deverás casar com um príncipe muito rico que eu já te reservei. Iremos unir as nossas coroas e a força dos nossos exércitos. Isto te ordeno eu...
Desolada, a princesa nega o seu destino mas, perante as exigências do pai nada podia fazer. Certo dia, com a chegada daquele que seu pai havia escolhido para seu futuro marido e, aproveitando um descuido dos guardas, ela foge de casa. Abriga-se numas grutas que há junto à nascente do Alviela.
O rei, homem astuto, não mandou os guardas atrás da filha. Encomendou os serviços a uma bruxa. Esta depressa descobriu o paradeiro da princesa. Todos os dias, chegavam de todos os reinos em redor, novos príncipes desejosos de conquistar o coração da princesa. Todos os dias a bruxa lhe apresentava um novo pretendente e, todos os dias a princesa recusava dizendo:
- Diz a meu pai que: O meu coração tem um dono, pobre que não tem tostão e mais nenhum outro senhor conquistará este trono, eu prefiro morrer de dor!
dia irritado as palavras saíram duras:
- Pois então se não quer mais ninguém, digo-te já aqui, encanta um boi e transforma-o num belo rapaz. Que case com um boi! Filha ingrata!
A bruxa assim fez... Mas, nem aquele belo rapaz de falas doces a fez demover do amor que dedicava ao jovem pobre, que de seu nada tinha, e disse:
- Diz a meu pai que: O meu coração tem um dono, pobre que não tem tostão e mais nenhum outro senhor conquistará este trono, eu prefiro morrer de dor!
- Como não aceitas nenhum dos pretendente que para ti arranjei, não serás nunca rainha no meu condado. Viverás eternamente nessas grutas! Os bois e as vacas viverão em teu redor. As tuas lágrimas serão tantas e tão grossas que os teus olhos se tornarão enormes... As lágrimas que daí brotarem regarão as terras do Alviela e vão dar de beber a pessoas e a animais.”
Como na lenda acima podemos ver o quão nossos olhos dizem de nós mesmos, de nossa alma, de nossos sentimentos. Não há nada como um olhar apaixonado, como aquele sorriso irradiante dos olhos de uma criança, da pessoa amada, as lágrimas derramadas por nossos sonhos. Tudo nos leva ao nosso caminho, a nós mesmos.
Talvez nunca entendamos este mistério da natureza, nosso olhos, mas eles são a beleza sincera da alma.
Agora para despedir deixo com vocês algumas fotos de olhos lindos e misteriosos, até a próxima...
E só para terminar um espiadinha também em meus olhos:
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