Papai Noel
Em nossa sociedade quando pensamos em um mito universal, que todos conhecemos, que a cada ano nos visita, seja por sua mera lembrança ou sonhos que temos com uma época festiva e onde ganhamos e compartilhamos presentes, pensamos em Papai Noel.
Essa figura mítica ocupa muitos níveis que vão além do mero capitalismo e das roupas vermelhas, além de um longa barba. Ele representa um arquétipo que há muito vem tentando ser resgatado: o da solidariedade, do amor ao próximo e também da igualdade (valores muito professados nos dias de hoje pelas religiões e entidades sociais, porém pouco praticado). Em seu trenó ele carrega mais do que simples presentes, carrega também a cura e união para os povos. Com a globalização que vivemos desde os tempos mercantis, as nações vencedoras impõe sua cultura as outras e essa figura rechonchuda e que trás presentes é um excelente elo.
Agora vamos um pouco na origem deste bom velhinho:
Na Europa germânica habita Odin, o senhor dos deuses nórdicos, que a cada dia 21 de dezembro, no festival de Yule, representando o solstício de inverno, quando os dias são mais curtos que a noite e o momento das trevas reinarem sobre a terra trazendo seu manto gélido, era realizada um caçada festiva em honra a essa transição como um pedido para um inverno não tão rigoroso.
Então com a ajuda de seu cavalo Sleipner corria os céus em busca de sua caça. Sleipnir é um cavalo de oito patas que é capaz de percorrer longas distâncias em poucos instantes, ou seja, rompia a vastidão dos céus em um piscar de olhos. E com tal velocidade ele se cansava facilmente, necessitando parar muitas vezes para recuperar o fôlego. Era aí que crianças por toda a Germânia colocavam suas botas cheias de feno, açúcar e cenoura próximas a janela. Odin retribuía estes gestos com generosos presentes por sua generosidade.
Além da Germânia temos histórias de bons velhinhos também em Roma. Na Roma Antiga era realizada as saturnálias, um festival em honra a Saturno, deus do tempo, realizada por volta de 23 de dezembro. Neste festival os patrões presenteavam seus servidores e passavam a servir-los como forma de agradecer pelos serviços prestados.
“ Os romanos ofereciam estatuetas de deuses, em argila, pedra-mármore, ouro ou prata, de acordo com suas posses. Durante as festividades do Ano Novo romano, também era costume colocar ramos de pinheiro na porta das casas de pessoas amigas. À medida que o Império progredia, a troca de presentes foi se tornando cada vez mais difundida e simbólica.”
“Numa das lendas que envolvem o personagem Nicolau, certo dia um açougueiro raptou três crianças que brincavam nas redondezas. Elas as matou, esquartejou, e depositou a carne de seus corpos mutilados em barril para que fossem curtidas. Havia escassez de alimentos naquela época, e a intenção do açougueiro era vendê-las no futuro como se fossem presunto. Antes que isso acontecesse, Nicolau chegou à cidade para aliviar a fome dos seus habitantes. Quando encontrou o açougueiro, não só foi capaz de entrever o crime que ele havia cometido, como também ressuscitou as crianças através de suas orações.
Outra lenda narra a história de um homem muito pobre, pai de três filhas que jamais se casariam pois jamais poderiam oferecer qualquer dote. Com isso, as jovens caminhavam para a prostituição. Quando soube do infortúnio desta família, Nicolau quis ajudá-la, mas sua modéstia o impedia de fazê-lo em público. À noite e em silêncio, aproximou-se da janela da casa daquela família e atirou para dentro três valiosíssimas pulseiras de ouro, uma para cada jovem, evitando assim o seu triste destino.”
Por essa união de tantas culturas e costumes, entendemos o porque desta figura ser tão universal. Ela se baseia em muito mais do que as aparências de um velhinho interessado em vender seus bonequinhos. Mas sim em alguém altruísta e constante no tempo, que adaptamos a nossa cultura atual e que ele continua a alimentar nossos sonhos nas noites em que permanecemos acordados esperando o dia de amanhã e a sua visita, mesmo que seja apenas um sonho
Aqui estão as fontes de pesquisas e de onde foi retirado alguns trechos:
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