Quando as fogueiras são acessas
Quando as linhas do passado são reescritas
Quando a linguagem do tempo se trona irreal
Quando das sombras as trevas se fazem
Quando do nada
Surge o todo
Quando da morte surge a vida
Quando das folhas mortas
Nascem as flores
Ansiosas por verem o sol
Por sentir o calor
O pulsar da vida
De um pulsar eterno nos fazemos viventes
De uma linha eterna nos fazemos mortais
E a cada passo
Nos limites
Do que é acessível aos homens
Figura a linhagem
A linhagem da deusa
E todos somos seus descentes descentes
Herdeiros do Trono
O trono da vida
O cetro da perseverança
A coroa da sabedoria
O manto das flores
Sob o toque da primavera
E a todo instante aprendemos o que é viver
Em teus braços
Oh Mãe
Oh Pai
Nossos soberanos
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