Páginas

domingo, 28 de agosto de 2011

Cavalo Selvagem

Cavalo Selvagem
Uma vasta planície se estende
Encobre toda a minha visão
Por mais que eu corra
O horizonte nunca chega
Porém tenho a liberdade
Posso percorrer todos os caminhos pelas quais meu coração me leve
Levo a velocidade do vento em meu corpo
Trago a vastidão das verdes planícies dentro de mim
Minha crina esvoaça ao vento
 Levada ao sabor dos Deuses

Mas é tempo de descansar


A liberdade é cobiçada pelos homens
Eles almejam tudo o que não podem ter
Tudo o que é livre


Em meu descanso muitos tentam me laçar
Prender-me em seus medíocres arreios
Mas apenas um pode me domar
Sendo domado pertenço ao meu senhor
Mas sempre correndo pelas verdes colinas de minha alma
Levando, reclinado sobre meu peito, meu domador
Dos meus olhos escorrem um líquido...
Ao qual não estou acostumado
Ele brilha ao sol
Reflete os olhos do cavaleiro
E ao tocar meus lábios sinto o gosto salino
É isso o que os humanos chamam de lágrimas
E para que elas servem?
Qual a razão deste líquido escorrer?
Por que sinto esse aperto em meu coração?
Sou selvagem
Como muitos dizem...
Porém qual a razão disso?
Os humanos me chamarem de selvagem?
O que é isso na língua deles?
Meu coração dispara como nenhuma outra corrida foi capaz de fazer
E sei que sou capaz de voar pelos campos verdejantes
Porque agora sou verdadeiramente completo
Existe alguém a quem devo proteger
Do meu dorso ele nunca cairá
Enquanto estiver aninhado em minha crina posso lhe oferecer proteção
Posso lhe levar a lugares que sua espécie esqueceu
Protejo-o com minha vida
Caio
Mas ele não irá sucumbir
Minha força é sua
Irei fazer de tudo para que continue
Mesmo que signifique meu fim




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante para mim, por favor deixe a sua opinião aqui.
Eu peço apenas que não utilizem palavras de baixo calão ou xingamentos, não modero os comentários, porém caso sejam apenas de ofensas serão excluídos, críticas serão sempre bem vindas.
Desde já muito obrigado,
Pallas