Podemos confiar no que lemos?
Em casa, na rua, até mesmo nas escolas às vezes ouvimos que religião, política e gostos não se discutem. Será mesmo? Hoje falaremos sobre a qualidade de algo, ela deve ser questionada ou vai do gosto de cada um?
Muitas e muitas vezes abrimos um jornal, bem talvez esta seja uma afirmação contestável, então tentemos de novo: Muitas e muitas vezes abrimos uma revista e... novamente outra afirmação contestável, agora uma última tentativa: Muitas e muitas vezes abrimos um livro... Bem novamente, e agora ainda mais forte que antes, podemos contestar e por quê?
Com nossa sociedade supostamente “evoluindo” o tempo tem se encurtado cada vez mais, e como passamos a descobrir a duras penas, tempo é dinheiro. Talvez esse ditado nunca esteve tão em foco quanto nos dias de hoje, e o mercado editorial está sofrendo com isso. Ler demanda tempo, ao menos alguns minutos, minutos esse que uma grande maioria prefere não desperdiçar, então vai decaindo e decaindo a qualidade do que se escreve. E podemos saber o porquê disso?
Não é apenas o tempo que contribui enormemente para isso, também o próprio leitor. Hoje em dia com uma sociedade extremamente dependente da leitura, que lê como nunca antes, através da TV, por pequenos anúncios escritos, na rua com mais propaganda, quando compramos um produto e o mais importante de todos, a internet.
Apesar de estar tão ligado a escrita perdemos aos poucos algo essencial, a percepção da qualidade de algo. Não podemos dizer que seja mérito da modernidade, pois ao longo da história o que era escrito era considerado como irrevogável, simplesmente por estar escrito. Então um dos motivos de pouco contestarmos os conteúdos, deveras duvidosos que vão surgindo, acabamos por aceitar, é a preguiça de pesquisar, por inconscientemente acreditarmos que o que está escrito foi pesquisado e também é verídico.
Mas agora vamos desmascarar estes véus e por abaixo essas supostas “verdades” que andam nos ameaçando e engolindo a cada dia. Bem, no segundo parágrafo eu comecei com algo que realmente está ficando cada vez mais raro, ler jornal, revista, livros. Preferimos a comodidade da rede, da internet. Nela podemos ler uma revista, um jornal, um livro, tudo simples e rápido. Sem problema.
Bem, aí começa o problema. Os dados são controversos. Apesar de eu ter dito anteriormente que a cada dia lê-se menos os jornais, livros, eles nunca venderam tanto. Seria pela explosão populacional? Agora temos milhares de pessoas a mais, e com certeza elas fazem muita diferença na balança. Mas não. Atualmente estamos sempre procurando nos atualizar, saber o que acontece no mundo, ler, ler e ler.
Conhecimento virou moeda de troca, a moeda das faculdades, por exemplo. Vocês pagam a elas e o que elas oferecem? Conhecimento. E então, podemos confiar em tudo o que lemos? Não devemos questionar o que está escrito? Onde fica a qualidade em tudo isso? Ela não importa?
Além dos tradicionais jornais, revistas, livros agora temos os blogs e sites. Uma revolução no mundo da informação, uma quebra nas grandes corporações que já não mais detêm o conhecimento, a informação. Nos dias de hoje qualquer pessoa pode postar algo na internet, e justamente aí se encontra o problema, qualquer um.
Já pensaram nisso? Refletiram que muita coisa que vocês lêem na internet não é verdade? Já buscaram saber mais sobre a fonte que difundiu essa determinada afirmação?
Provavelmente a maioria das respostas será não. Mas vale uma pequena ressalva, as fraudes, enganos, não são méritos únicos e exclusivos da Internet, a TV, jornais, revistas também os comentem, seja intencionalmente, em busca de audiência, de aumentar as vendas, seja sem a intenção, mas também cometem erros. Dá temos a importância de questionar a possibilidade ou não daquilo ser verdade. Mesmo na escola. Se todos permanecessem conformados com aquilo que está em voga, ainda acreditaríamos que o sol girava em torna da Terra.
Aí está um grande segredo, questione, não acate simplesmente. Todos nós temos a liberdade de expressão e o que dizemos não significa que seja totalmente verdade, nem que seja totalmente mentira.
E nessa busca, temos a qualidade de algo. Justamente são os blogs que mais pecam pela falta dela, quem diria se pudéssemos dizer que é pelo excesso dela, mas não. Muitos de meus colegas cometem erros de português absurdos em seus textos, o linguajar é muito pobre, para não falar de baixo calão.
Dizer isso pode fazer alguns se levantar e querer até mesmo me apedrejar por falar “mau”, contudo não vejo assim. Esse post é para falar justamente do quão importante é essa nova forma da informação chegar às pessoas, através dos blogs e sites. E é exatamente por isso que devemos priorizar a qualidade de nosso blog para nossos leitores.
Me diga você, caro leitor, ao abrir uma revista e encontrar inúmeros erros, afirmações preconceituosas, e um sem numero de idiotice reunidas como reagiria? Claro, pode dizer que ficaria feliz, só espero que a sua reação fosse, no mínimo, de espanto com o que é dito para todos lerem.
E como forma de me despedir deixo vocês refletindo sobre a qualidade daquilo que Lêem e como reagem a isso, assim como o que escrevem. E, claro, deixo o convite para todos vocês contestarem a qualidade deste blog em que escrevo, críticas, e comentários, sobre algo que esteja escrito errado ao qual não percebi na hora de editar, vai ser corrigido.
Até a próxima, e desejo a todos vocês excelente leituras e também de muita qualidade. De seu amigo,
Pallas